24 de outubro de 2009

O fim






Doença do mundo que aflige a alma...
Alma perdida, de uma vida em vão...
Sombras da noite não cessam jamais...
De buscar um corpo jogado ao chão...

Vidas pacatas, estereotipo da dor...
Estradas sem rumo, horizontes sem cor...
Perdido na névoa, numa estrada sem fim...
Ao encontro da morte, solução para mim...

Mundo cruel, sem alguém, sem amor...
Coração não existe, só existe dor...
Medos que assombram selam por mim...
Perdendo o controle só enxergo o fim...

De olhos fechados não quero mais ver...
A blasfêmia do mundo, que só me fez sofrer...
Sentimento maligno, obscuro amor...
Dias se vão e aqui estou...

Tempestade de ódio, tormenta e temor...
Temor de mim mesmo, do vazio que sou...

Chuvas de sangue me fazem despertar...
Levanto e vejo que não estava a sonhar...
Alguém morria mais ninguém quis ver...
E eu o via, no silêncio, no sofrer...

O mundo acabou, não pra você mais pra mim...
Aquele alguém era eu...
Que encontrei o fim.

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